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Caso você não saiba (tenha caído de paraquedas nesse post), eu tive bebê no final de janeiro e, ao planejar 2023, eu defini que cada trimestre teria um foco. O primeiro trimestre foi dedicado à minha saúde mental, afinal o puerpério é um período delicado. Pensando que meu corpo precisaria de uma atenção extra pós-gestação, coloquei "saúde física" como foco do segundo trimestre. E é sobre isso que vamos falar hoje.


[não julgue os pelos, tenho três cadelas]


Fazer exercícios e me alimentar de forma equilibrada (equilíbrio, pra mim, significa comer salada, mas também fast food, ok?), sempre fez parte da minha vida desde a adolescência. Em janeiro, decidi parar com a academia pois estava no meu último mês de gestação e o calor já estava me deixando exausta. Então, acabei não fazendo exercícios de força por três meses. Em abril estava na hora de retomar os velhos hábitos.


Começar algo novo, 100% do zero é muito complicado, mas retomar hábitos antigos tem aquele ar familiar. Por isso mesmo é tão importante desenvolvermos rotinas.


Por mais que eu não seja atleta, frequento academias há 15 anos, então voltar a fazer musculação não foi tão difícil quanto no início. O maior problema é a comparação. Depois da gestação e de parar alguns meses, é inevitável estar mais fraca e com o corpo diferente do que era. O diabinho da comparação vem incomodar, mas entenda, estou comparando o meu corpo atual com o antigo, e aceitar nem sempre é fácil.


Felizmente por já saber como chegar no meu corpo ideal, é colocar foco, fazer o que tem que ser feito e aproveitar o processo. Aqui falamos sobre disciplina, mas esse não é o assunto desse texto.


O fato de fazer exercícios há tantos anos também facilita a evolução, afinal temos memória muscular. Mais um benefício de um bom hábito criado.


Preciso advogar mais em favor de criar bons hábitos? Acredito que não.


O problema é: hábitos ruins são fáceis de estabelecer e difíceis de quebrar. Aquela taça de vinho que começamos a tomar ao final do dia, que após abrirmos a garrafa, precisamos terminar, então bebemos uma taça por dia, até que estamos bebendo todos os dias. Ou o chocolate de Páscoa que comemos após as refeições e que, após acabarem, compramos mais e quando nos damos conta estamos comendo doces todos os dias.


Deixo aqui a reflexão: quais hábitos você tem e quer manter? Quais hábitos você tinha e quer retomar? Quais aqueles que você tem e desejar abolir?


A nossa evolução não está no que fazemos vez ou outra, mas sim no que fazemos todos os dias.

Se você me acompanha apenas por aqui talvez não saiba que acabei de ter neném e, como toda mãe, precisei montar o enxoval do bebê.



Sou uma pessoa minimalista e não queria comprar mil coisas desnecessárias. Não sabia o sexo e também não fiz chá de fraldas (ou qualquer outra variante de chá de bebê), então tive que me planejar direitinho para comprar as coisas e não estourar o orçamento.


Comecei as compras com 5 meses de gestação, pelos itens maiores e mais caros: carrinho, berço e bebê conforto. Não precisei comprar mais móveis, afinal minha mãe havia guardado minha cômoda de bebê e me dado ela anos atrás. Então, a cômoda que usei quando nasci, meu neném usa agora.


Com 6 meses decidi comprar algumas roupinhas. Foquei em P, M e G, deixando as RN mais para o final da gestação, quando soubesse melhor qual seria o tamanho do baby. Comprei tudo unissex (quem diria o quão difícil é encontrar itens unissex para crianças) e muito colorido. A minha lista de roupinhas foi bem minimalista e pensada para um bebê de verão.


Consultei mil e uma listas on-line e segui o que mais indicavam: 6 peças de cada (body manga curta, body manga longa, calça e tiptop).


Quando faltava 1 mês para o nascimento, comprei algumas peças RN, sabendo que meu bebê seria pequeno. O problema é que eu não sabia quão pequeno eles realmente são!


A Cléo nasceu e, já no hospital, todas as roupinhas RN que levei ficaram enormes. Mas foi quando chegamos em casa que percebi o maior problema: só tínhamos 3 bodies de manga curta RN e essa criança é calorenta. Percebi, aí a dificuldade de encontrar roupas frescas para recém nascido. (As marcas acham que recém nascido não usa manga curta, não sente calor, então encontrar bodies pequeninos de manga curta foi bem difícil)


Alguns pontos relevantes para levar em consideração a importância dos itens que vou citar:

  1. Minha filha nasceu em Janeiro

  2. Moramos no Rio Grande do Sul (verão de 35 graus, inverno de 5)

  3. Época de mosquitos e epidemia local de dengue

  4. Casa de 2 andares com quartos no andar superior

  5. Rua muito movimentada com estabelecimentos comerciais na volta


Acertos


Body kimono de manga curta da bebê habituê (comprei na umbalalum).

Máquina de ruído branco Mila.

Colher de silicone (ninguém coloca isso na lista de enxoval de 0-3 meses, mas é indispensável para dar remédios).

Sling

Almofada de amamentação

Mosquiteiro para berço

Babá eletrônica

Carrinho com Moisés

Não fiz estoque de fraldas e itens de higiene


Erros

Banheira sem suporte e sem furo para esvaziar (no fim, estamos dando banho de chuveiro que é muito mais prático).

Poucos bodies RN de manga curta

Calças RN (bebê de verão e calorento...)


Próximos meses

Fiz o enxoval pensando principalmente nos primeiros três meses. Não foquei em itens que usaremos mais adiante, mas agora, no momento em que escrevo esse artigo, ela está com 2 meses e estamos nos programando para as próximas compras. Na nossa lista está um cercadinho com tatame ou tapete para podermos colocá-la no chão, afinal temos três cães e não há condição de deixar um bebê no chão em meio a eles. Também é prioridade um saco de dormir, pois o inverno está chegando e as temperaturas aqui sabem ser baixas.

Logo em seguida compraremos a cadeira de alimentação, mais umas colheres de silicone e um ou dois babadores para tentar diminuir um pouco a sujeira.


Trocando em miúdos...


Acho que cada casa e família tem necessidades diferentes. Enquanto que para quem mora em apartamento um carrinho grande não seja útil, ou uma babá eletrônica, para quem mora em casa é essencial. Talvez se fizéssemos a introdução alimentar no verão eu não comprasse um babador, afinal um banho de chuveiro no calor é algo bastante simples.


Hoje temos fácil acesso às lojas e compras on-line. Não precisamos comprar todos os itens desesperadamente e fazer estoques enormes de fraldas que muitas vezes são perdidas pois os bebês crescem rápido de mais e acabam não usando.

Eu já falei por aqui, em outro post, sobre a importância do ócio na criatividade, e nos últimos meses eu tenho percebido, ainda mais, a necessidade do descanso para me manter produtiva.



No final de 2022, eu e meu esposo resolvemos tirar férias, descansar a mente e espairecer na praia. Não sei você, mas eu, como empreendedora, tenho sérias dificuldades de me desligar completamente do trabalho (a mente fica martelando em listas de tarefas infindáveis). O maior problema é que as tarefas dessas listas são vinculadas a coisas operacionais dos meus negócios (aquelas do dia a dia, que precisamos fazer para a roda não parar de girar), e não movimentos estratégicos para que as minhas empresas cresçam e se desenvolvam.

Depois de três dias na praia, começou a chover torrencialmente, não tínhamos muito o que fazer e já fui logo pensando em trabalho. Porém, como estava em um ambiente onde não poderia cumprir nenhuma tarefa operacional, minha mente começou a focar na parte estratégica para 2023. Depois de apenas TRÊS dias de descanso, onde não foquei em trabalho e tentei curtir ao máximo o meu ócio, meu cérebro se sentiu confiante em gerar ideias e pensamentos úteis para que o próximo ano fosse o melhor possível!

Durante os meses anteriores, minha cabeça não conseguia pensar em ideias, em estratégias de marketing e vendas que fossem interessantes, afinal estava ocupada de mais com a lista interminável de tarefas operacionais. Mas bastou um breve descanso, que a inspiração veio.


Mas por que decidi escrever esse artigo apenas agora, meses depois?


Porque aconteceu novamente.

Quando escrevo este artigo estou com 40 semanas de gestação. Desde às 38 semanas, decidi pegar mais leve no trabalho, descansar e esperar pela chegada do baby. Percebi que nessas últimas semanas, onde o meu foco era o descanso e não o trabalho (embora eu tenha trabalhado todos os dias por um período de tempo bem menor), tive um aumento de criatividade e insights. Isso tudo corroborou minha hipótese inicial: precisamos de descanso para sermos produtivos e ócio para sermos criativos.


Por mais que esteja trabalhando menos horas nessas semanas, os períodos de trabalho são melhor aproveitados, muito mais produtivos e, inclusive, muito mais criativos.


Então se você, assim como eu, estiver trabalhando 14h por dia, correndo na roda e com uma lista de tarefas interminável na cabeça, tenta descansar (mas descansar de verdade), focar em outras coisas e curtir um pouco mais a vida. Quem sabe quando você voltar a trabalhar, sua produtividade esteja maior e sua criatividade melhor...

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